A FORMA DEVE SER PRATICADA DIÁRIAMENTE
sábado, 15 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Full Moon Silhouettes
O australiano Mark Gee filmou a belíssima
imagem da lua cheia nascendo sobre o mirante do Monte Victoria - Wellington - Nova Zelândia.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Lao Tzi - Capítulo 1
com legendas em inglês e português
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Tao Te Ching / Livro I / 1. O Tao
1.
O Tao
O caminho que pode ser seguido
não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito
não é o Nome eterno.
No princípio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.
Para que possamos observar os seus segredos
devemos permanecer sem desejos.
Mas se em nós mora o desejo
a única coisa que podemos contemplar é a sua forma
externa. A casca que a essência oculta.
Esses dois estados existem para sempre inseparáveis.
Diferentes unicamente em nome.
Conjuntamente idênticos, unidos, integrados.
São os chamados Mistérios!
Mistério além dos mistérios
O Portal que conduz a tudo aquilo que é sutil e maravilhoso
Ao recôndito sagrado de todas as essências!
não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito
não é o Nome eterno.
No princípio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.
Para que possamos observar os seus segredos
devemos permanecer sem desejos.
Mas se em nós mora o desejo
a única coisa que podemos contemplar é a sua forma
externa. A casca que a essência oculta.
Esses dois estados existem para sempre inseparáveis.
Diferentes unicamente em nome.
Conjuntamente idênticos, unidos, integrados.
São os chamados Mistérios!
Mistério além dos mistérios
O Portal que conduz a tudo aquilo que é sutil e maravilhoso
Ao recôndito sagrado de todas as essências!
Comentário (Murillo N. Azevedo)
Qual a distinção entre o caminho e o Caminho? Um pode ser
seguido, o outro não. O que pode ser seguido é o velho, o que está na memória,
o produto do condicionamento e de velhos hábitos, o que nos foi imposto pelo
conhecimento proveniente de terceiros. O caminho que não pode ser seguido é o
novo, o espontâneo, o que de instante a instante se revela. Caminho é sempre
novo, dependente das configurações, não é algo a ser encontrado num velho
alfarrábio ou num mapa. Aqueles que têm “olhos” para ver o “aqui e agora”
poderão divisar instantaneamente, escancarado diante dos seus pés, o verdadeiro
Caminho.
E quanto ao
nome? A mesma dúvida permanece. Recordemos a característica instantânea da
manifestação. Todas as coisas são concentrações espácio-temporais com
determinada duração. Há, entretanto, um abismo muito grande nos nomes que damos
às coisas, que nada mais são que rótulos entre elas e a realidade última. O
verdadeiro nome é aquele que poderia ser percebido por um ouvido cósmico, que
fosse capaz de captar a vibração de um objeto com toda a nitidez. O sentido
profundo dos mantras na escola Tantra está aqui revelado.
Evidentemente, antes de toda a existência, havia algo que não tinha nome. Era o
seio que encerrava todas as coisas que um dia nasceriam. A Mãe Cósmica é aquela
que já possui um nome. No Budismos Zen há uma pergunta, um Koan, com que se
testa o candidato ao conhecimento supremo: “ Qual era a tua face antes de
nascerem teus pais?” A “resposta” lançará luz sobre o pequeno trecho do Tao Té
Ching que estamos comentando.
“Para que possamos
observar seus segredos, temos de permanecer sem desejo”. O desejo é sempre uma
ânsia de complementação. Um processo compensatório, que pode ser verificado no
simples desejo de alimento, no qual a fome, que é a própria imagem do desejo,
cessa quando o alimento é ingerido. Mas como podemos observar alguma coisa se
estamos sempre nela nos projetando através dos nossos desejos? Se estamos
sempre sugando o que observamos para completar nosso vazio interno? Todos os
testes projetivos da psicologia demonstram que, através do mecanismo
compensatório dos desejos, o homem projeta-se na coisa observada. Quando cessam
os desejos, então podemos observar a coisa nua, pura, tal como é diante de nós.
Sem qualquer contaminação. Se, entretanto, “o desejo mora em nós, a única coisa
que podemos contemplar é a sua forma externa”. “A casca que a essência oculta”.
Para o Tao
Té Ching essas duas coisas existem para sempre interligadas: a casca e a
essência. É um fato. Ao observar o homem, jamais podemos deixar de lado o
interno, o lado oculto, sob pena de transformarmos as relações humanas em algo
puramente externo. Esse é o Mistério. Aquilo que aqui é chamado de
simbolicamente de Portal. Cada coisa, portanto, é como um portão escancarado
diante de nós. Todas elas nos levarão à essência primordial. Ao Tao.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Tao Te Ching
O Tao Te Ching foi escrito no século VI antes de
Cristo pelo sábio chinês Lao Tsé e é comumente traduzido como “o Livro do
Caminho e da sua Virtude”. Visto como um livro de provérbios relacionados com
o TAO, serviu de base para diversas religiões e filosofias orientais.
Suas palavras isoladas significam:
TAO – infinito, caminho, a essência, o como.
TE – força, virtude.
CHING – livro, escrito, manuscrito.
Literalmente, portanto, significa “o livro de como as coisas funcionam”. E este
é o seu objetivo, nos mostrar sobre o movimento do universo e da nossa vida,
segundo o TAO.
1 - A Natureza é sábia;
2 - O ser humano faz parte da Natureza;
3 - Se seguirmos as leis da Natureza, seremos sábios.
*Lao Tsé, também escrito Laozi, Lao Tzu, Lao Tzé, Láucio,
Lao Tzi, Lao Tseu ou Lao Tze foi um famoso filósofo e alquimista chinês. Sua
imagem mais conhecida o representa sobre um búfalo, o processo de domesticação
deste animal é associado ao caminho da iluminação nas tradições zen budistas.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
ANO SERPENTE
Para comemorar o novo ano lunar, nada melhor que um almoço no restaurante chinês DIM SUM (na minha opinião, o melhor da região de Lisboa).
De comboio até ao Cacém ...
... chegados ao Dim Sum ...
... esperámos um pouco ...
... e em "amena cavaqueira" ...
... começámos a saborear os "petiscos" que iam sendo servidos .
"Fatchis"
e garfos...
foram ferramentas,
os "pitéus"...
... variados ...

... e saborosos ...
... a "matéria prima",
o convívio ...
...

...
...
... sorridente,
a musa inspiradora da "obra".
O título...
"DESEJO UM BOM ANO".
Diz-se que se deve oferecer aos amigos uma figura de serpente como forma de solidificar esse desejo.
Proponho um origami ...
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Uma vez YANG / Uma vez YIN Assim é o TAO |
Criativo/Receptivo
Um sem o outro não existem.
Um com o outro, crescem.
Penso isto quando observo as publicações nesta página.
Idealizada como local onde o conhecimento flua dinâmico, aguardam-se questões, comentários, debates, sugestões, para que yang e yin sejam manifestos de todos que acedem a este sítio.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
FLEXIBILIDADE
O Caminho está na flexibilidade. Agir com flexibilidade é a melhor estratégia. Como pode o rígido alçar-se à estrada correcta? Como pode o impetuoso ultrapassar a condição humana comum? A vida de agora é uma manifestação da vida que levámos antes; afinal, o recuo vem do avanço.
Quem busca atingir o Tao com uma atitude competitiva é como um cego saltando sobre um rio profundo.
(in Refrões de Lamento
Liu I Ming)
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
ZHOU WEN WANG
Deixando a lenda e caminhando já na história, no final da dinastia Shang, o temível tirano Di Xin, ao ser confrontado, mandou encarcerar Ji Chang que o acusava da perversidade com que governava.
É no cárcere que Ji, o futuro Rei Wen, ocupa o seu tempo a reflectir sobre os trigramas de Fu Xi e agrupando-os dois a dois criará os 64 hexagramas, dando-lhes mais tarde o
"nome"
e escrevendo um breve texto resumindo o significado de cada um deles, a que se chamarão
"Julgamentos".
Apesar de ter sido o seu filho Wu Wang (Rei Guerra) que, vencendo o déspota Di Xin instala a dinastia Zhou, é a Wen Wang (Rei Civilização) que se atribui o início desta.
Após a morte de Wu Wang, sendo o seu filho demasiado jovem para governar, a regência é confiada a seu tio, Zhou Gong, o sábio "duque dos Zhou". Este, para instruir o jovem herdeiro, redige uma explicação para cada uma das seis linhas de cada hexagrama a que serão chamadas
"Textos das linhas".
domingo, 16 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
"As lendas e os mitos constituem a explicação das origens dos povos"
O primeiro em antiguidade e importância.
Atribui-se-lhe a invenção da escrita ideográfica, a arte de contar por meio de cordões entrelançados, os ritos de decoro e etiqueta e principalmente os "BA GUA", representação abstrata da dinâmica universal.A lenda diz que ele discerniu estes oito sinais sobre a carapaça de uma tartaruga que saia do rio.
Também chamado "Divino Agricultor"
ou "Imperador dos cinco grãos",
é considerado o criador da agricultura.
Por ter experimentado em si os efeitos de centenas de plantas, é-lhe atribuída a descoberta da fitoterapia.
É conhecido como o "Imperador Amarelo".
Com ele surgiu a organização social e a moeda, a arquitectura em madeira e a construção naval, o uso do arco e das flechas.
Foi no seu tempo e por ideia de sua mulher que começou a cultura e o fabrico de roupa em seda.
Ainda teria sido o iniciador da medicina, com o livro "Huang di nei ching".
terça-feira, 20 de novembro de 2012
12
Do outro lado da Via Láctea resplandesce um palácio feito com os mais subtis materiais. Nele tudo vibra em harmonia sábiamente ordenada. As paredes são tecidas de raios de luar prateados, as colunas douradas são feitas de raios de sol entrançados e os telhados de brumas e nebelinas cintilantes. Este palácio é a morada do Imperador Celeste, que habita nele para governar o universo inteiro. Ele vela pelo bom funcionamento dos três mundos: o Céu, a Terra e os Infernos. Mesmo ajudado por uma corte de ministros e funcionários, todos dignos Imortais, a sua tarefa não é fácil. Controlar o curso dos planetas e a trajectória dos cometas, manter o frágil equilíbrio do Yin e do Yang, sombra e luz, demónios e justos.
Há sempre acidentes e para evitar catástrofes o Imperador Celeste vê-se obrigado a ter, todos os dias, audiência na sala do trono, onde recebe mensageiros e embaixadores, aconselha-se com os seus ministros, dá ordens e faz justiça.
Numa dessas audiências um mensageiro entregou uma carta que subira em fumo. Vinha da Cidade Proíbida, do Imperador da China.
"Eu, soberano do Império do Meio, vosso humilde servidor por vosso mandato, ouso dirigir-me a Vossa Grandeza, para vos dar conhecimento de uma grave ocorrência acabada de acontecer no meu modesto palácio.
Um macaco imortal de temíveis poderes cometeu um roubo no arsenal, que quase destruiu.
Nós vos suplicamos, pois, que identifiqueis e castigueis o culpado porque, cá em baixo, nada podemos contra um imortal de tal espécie."
Quando leu a carta, o Imperador franziu o sobrolho. Nunca tinha ouvido falar de um macaco imortal.
Ordenou que se fizesse um inquérito.
Apareceu de seguida na sala do trono um funcionário que disse:
- Que Sua Augusta Magestade se digne escutar a queixa do seu humilde servidor, ainda que indigno de lhe dirigir palavra.
Eu, pequeno Rei Dragão, pretendo informá-Lo que um macaco dos mais demoníacos semeou a perturbação e a consternação no meu palácio. Depois de ter cometido estragos consideráveis, roubou-me uma arma e vestes inestimáveis. Para acabar, insultou-me grosseiramente.
Os seus poderes são tais que nem guardas nem eu pudémos dominá-lo. Peço a Sua Grandeza que mande prender este perigoso indivíduo.
O Imperador Celeste fez um esgar e declarou:
- Se se tratar do mesmo macaco não vos inquieteis, em breve o teremos capturado. Já está um inquérito em curso.
Veio então um outro funcionário que se prostrou por três vezes diante do trono e, sem erguer a cabeça, disse:
- O grande perfeito governador do território das Trevas e dos departamentos dos Infernos, envia-me a informar Sua Alteza Suprema de uma terrível desgraça.
Desde a noite dos tempos, o Céu é a morada dos espíritos imortais cuja alma está no caminho da sabedoria e o território das Trevas a residência dos espíritos fantasmas cuja alma ainda deve sofrer e reencarnar para se aperfeiçoar. Além disto, segundo as leis cósmicas, os animais são seres que não podem pretender à imortalidade celeste.
Ora pela primeira vez desde a criação do Mundo, um ser infringiu esta regra imutável. Trata-se do Rei Macaco, domiciliado no Monte das Flores e dos Frutos. No momento da sua comparência perante o Tribunal dos mortos, ele falsificou o registo das almas e conseguiu fugir, massacrando um grande número de espíritos guardas das Trevas.
Não tendo meios de capturar este perigoso criminoso, o grande perfeito Yan Luo depõe este assunto nas mãos de Sua Alteza Sereníssima.
O Imperador Celeste bateu com o punho no braço do seu trono e exclamou:
- Esse macaco começa a fazer-nos perder a paciência!
Suspendeu de imediato a audiência para reunir o conselho de ministros e esperar o resultado do inquérito.
Não tardou que dois finos inquiridores celestes, os grandes inpectores Olho Bem Penetrante e Ouvido Envolvente, viessem dar conta das suas buscas. Explicaram em pormenor quem era o Rei Macaco e confirmaram todos os delitos que ele cometera.
- Muito bem, caros ministros, qual a vossa opinião sobre o castigo que este criminoso merece?
- A morte sumária, rugiu o ministro da guerra, com esse tipo de demónio não se deve hesitar. Enviemos sem demora uma expedição punitiva.
- É incrível, declarou então o espírito da Estrela Polar, ouvir tais propostas no Céu. Esquecestes o princípio elementar dos Imortais: "Ter de vencer é sinal de fraqueza, saber convencer prova de sabedoria"? Este macaco tem algum mérito para ter adquirido a imortalidade e tais dons. Deixemos-lhe uma oportunidade de se redimir e mudemos o veneno em remédio. Dêmos-lhe um posto no Céu. Assim, ele ser-nos-à útil e nós tê-lo-emos sempre debaixo de olho. Ao menor desvio, não teremos sequer de descer à Terra para o punir.
Na sua grande benevolência, o Imperador Celeste optou por este sábio conselho e confiou ao espírito da Estrela Polar o cuidado de o fazer executar.
Depois de atravessar a Via Láctea, pousou no cume do monte das Flores e dos Frutos e admirando a paisagem explêndida dirigiu-se para a cascata das Pérolas.
Um gorila sentinela, ao vê-lo aproximar-se, entrou precipitadamente no palácio para prevenir o chefe da presença de um visitante estranho. Nunca vira um ser de tal espécie, todo cintilante de luz.
O Rei Macaco ajeitou as suas vestes e saiu a ver do que se tratava.
- Eu sou o espírito da Estrela Polar. Sou portador de uma convocatória oficial do Imperador Celeste que vos convida para o seu palácio das Alturas etéreas. Por proposta minha e tendo em conta os vossos méritos, ele quer confiar-vos um importante posto no Céu.
- Oh, venerável estrela, estou louco de alegria. Há algum tempo que desejava ir dar uma voltinha lá pelas alturas. Já viajei na terra e no fundo do mar, já visitei os Infernos mas nunca o Céu. Entrai no meu palácio e bebei uma taça de vinho. Deveis ter sede após tão longa viagem.
- Não, obrigado, o Imperador espera-nos. Está impaciente para vos conhecer.
O Rei Macaco disse, então, ao seu povo:
- Queridos amigos, vou fazer uma viagem às Alturas. Sede sensatos. Não demorarei, mesmo que a estadia seja agradável. Encontrarei maneira de voltar a descer ou de vos fazer subir.
Seguindo o espírito da Estrela Polar, o Rei Macaco atravessou a Via Láctea.
.....continua.....
domingo, 18 de novembro de 2012
WEN TZE
Tongxuan zhenjing
(Mestre Wen
Livro da verdadeira compreensão dos mistérios)
129
Os líderes que querem governar são raros; os ministros dignos de participar no governo são virtualmente inexistentes. Poucos buscam o que é virtualmente inexistente; essa é a razão porque um governo perfeito surge a cada mil anos.
O facto é que raramente existe um governo eficaz e virtuoso.
Se o governante acompanhar as boas intenções das pessoas, evitar que tenham más intenções e agir em harmonia ao longo de um só caminho, então as pessoas podem melhorar e os costumes ganham beleza.
Os sábios não são admirados porque estabelecem penalidades conforme os crimes, mas porque sabem de onde surge a desordem.
Se o limite é rompido e se se permite que a desordem siga seu curso, sem restrições, fazendo com que apenas a lei seja cumprida e a punição ocorra, então, ainda que a traição destrua o mundo, não pode ser evitada.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
P'AN KU
O mito chinês da criação
O Caos existia em forma de ovo.
Nele se gerava P'an Ku, tomava forma.
Ao fim de 18000 anos quebrou a casca, nasceu.
Erguendo-se levou para cima o que era leve, subtil, o Yang e assim se formou o Céu.
Para baixo, empurrou o pesado, denso, o Yin e daí apareceu a
Terra.
Durante 18000 anos, P'an Ku desenvolveu-se, cresceu 10 li por dia e Céu e Terra cada vez se afastavam mais, sendo o espaço entre eles ocupado pelo corpo de P'an Ku.
Ao fim desse tempo, P'an Ku morreu e o seu corpo deu origem à natureza.
Os olhos formaram, o direito o sol e o esquerdo a lua.
A respiração o vento, a transpiração a chuva e da voz surgiu o trovão.
O sangue tranformou-se nos rios e mares e os ossos nos minerais e pedras preciosas.
As montanhas das quatro direcções transmutaram-se dos quatro membros, as árvores e arbustos dos pêlos.
A terra que pisamos, o chão, veio da pele de P'an Ku.
E as pulgas... as pulgas tornaram-se os antepassados da humanidade.
sábado, 10 de novembro de 2012
Os Portais do Paraíso
Um orgulhoso guerreiro chamado Nobushige foi até Hakuin, e
perguntou-lhe:
- "Se existe um paraíso
e um inferno, onde estão?"
- "Quem é você?" perguntou Hakuin.
- "Eu sou um samurai!" exclamou o guerreiro.
- "Você, um guerreiro!" riu-se Hakuin. "Que
espécie de governante teria tal guarda? Sua aparência é a de um mendigo!".
Nobushige ficou tão raivoso que desembainhou o sabre, mas Hakuin continuou:
- "Então você tem uma espada! Sua arma provávelmente está
tão cega que não cortará minha
cabeça..."
O samurai num gesto rápido avançou pronto
para matar, gritando de ódio.
Neste momento Hakuin gritou:
- "Acabaram de se abrir os Portais do Inferno!"
Ao ouvir estas palavras, e percebendo a sabedoria do mestre,
o samurai embainhou o
sabre e fez-lhe uma profunda reverência.
- "Acabaram de se abrir os Portais do Paraíso,"
disse suavemente Hakuin.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
O mestre ouviu em silêncio e depois disse:
- Pareces cansado. Vieste de longe e escalaste esta montanha, deixa-me, primeiro, servir-te um chá.
Nan-in executou na perfeição todo o ritual do chá.
Fervilhando de perguntas, o professor esperou.
Quando serviu o chá, o mestre encheu a chávena do visitante, encheu, encheu, transbordou, encheu o pires até que...
- Pára, não vês que já está cheio?
- É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia que mesmo que te responda não tens espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta.
Subscrever:
Mensagens (Atom)